O The Gaming Era, primeira plataforma de notícias de negócios em língua portuguesa dedicada aos jogos eletrônicos no Brasil e na América Latina, completa nesta quarta-feira (19) seu primeiro ano de vida. Nascemos com uma proposta muito bem definida: ouvir as pessoas e as organizações que escrevem os capítulos locais da história da indústria de games global.
Alcançar esse objetivo passa por alguns valores inegociáveis: primeiro, fazer Jornalismo profissional (assim, com J maiúsculo mesmo), apurando com cuidado, mergulhando em cada pauta, apostando na autoridade (do projeto e dos jornalistas que o compõem), sem abrir mão da independência. Vivemos tempos em que se render ao “clickbait” barato e à imprecisão veloz, beijando a mão dos algoritmos predatórios das Big Techs, é mais fácil do que entregar a qualidade que se exige de jornalistas.
Nós não acreditamos nesse ciclo vicioso, que corrói há anos a credibilidade (e mesmo a sustentabilidade financeira) de veículos de imprensa no mundo todo, e continuaremos insistindo em fazer diferente.
Com isso, nosso maior objetivo é colaborar com o desenvolvimento do mercado, especialmente o brasileiro, dando voz às lideranças e aos trabalhadores dos vários segmentos que o formam: estúdios de desenvolvimento de todos os tamanhos, criadores, publishers, organizadores de eventos, fabricantes de hardware, provedores de software e serviços, líderes de organizações de eSports, distribuidores e varejistas, associações, formuladores de políticas públicas, investidores, escolas e universidades, estudantes e entusiastas.
Queremos colocar em evidência uma imensa cadeia econômica que raramente se vê representada em outros lugares do chamado “jornalismo gamer” praticado no País, e oferecer informação de qualidade. Além disso, estimulamos a criação de uma comunidade de decisores e pensadores que encaram os games não só como entretenimento – o que, claro, são e sempre serão -, mas também como fonte de renda e desenvolvimento, inclusive nacional e regional.
Como bem demonstrou a sanção do Marco Legal dos Jogos Eletrônicos em 2024 – que aliás cobrimos com bastante afinco logo no lançamento do TGE -, o setor de games no Brasil é coisa séria, feito por gente séria. Gera empregos e renda, é ferramenta de ensino, aprendizagem e até para a saúde pública, além de ser mídia de enorme impacto cultural sobre várias gerações de brasileiros.
Muita gente sonha em trabalhar com games, e isso nunca foi tão factível no Brasil.
Diante da imensa crise que essa indústria enfrenta desde 2023, com layoffs de milhares de trabalhadores e fechamento de estúdios e publishers, especialmente em mercados mais maduros como EUA, Japão e Europa, é hora de países em desenvolvimento como o Brasil aproveitarem a oportunidade, tomarem para si a própria identidade, ganharem os holofotes e atrairem investimentos. Os ventos nunca foram tão favoráveis.
O que fizemos, o que faremos
O The Gaming Era tem atualmente dois sócios. Este que vos escreve, Marcelo Gimenes Vieira, idealizador do projeto e editor-chefe. Sou jornalista com 15 anos de experiência cobrindo negócios em outros setores – especialmente tecnologia da informação, inovação, telecomunicações e (pasmem!) saúde. Contribuí com vários veículos, especialmente os que fazem “jornalismo segmentado”, sempre com viés de negócios e mercado. E, claro, cresci jogando videogame e sempre quis escrever sobre o assunto de forma profissional.
Pouco depois do lançamento do TGE entra na história o Pablo Miyazawa, lenda viva do jornalismo de games e de cultura no País. Escreveu para vários dos principais veículos brasileiros, mas se destaca por ter sido o primeiro editor-chefe do IGN Brasil, passado vários anos editando a revista Rolling Stone Brasil e sido um dos primeiros a escrever (e depois editar) a igualmente lendária revista Nintendo World. É atualmente responsável pelo Projeto Nintendistas, livro de reportagens que resgata a história da Nintendo no Brasil, e contribui com frequência com o jornal Valor Econômico.
Nosso diagnóstico sobre o passado e o futuro do jornalismo e do mercado de games no Brasil e no mundo nos aproximou, e está nos levando a apostar com bastante paixão no TGE. Acreditamos no futuro do projeto e em sua proposta.
Já fizemos bastante coisa até aqui: durante 2024 foram publicados no portal quase 600 publicações, das quais mais de 200 reportagens e entrevistas completamente originais. Conversamos com mais de 200 lideranças do setor. Temos ainda mais de 10 colunistas ativos, incluindo jornalistas e executivos de mercado discorrendo sobre vários assuntos. O portal tem mais de 2 mil leitores por mês. Crescemos nas redes sociais, especialmente o LinkedIn – a rede social dos negócios por excelência -, onde ultrapassamos 2 mil seguidores. Tudo de forma absolutamente orgânica.
Queremos muito mais em 2025 – e, como diz o clichê publicitário, “quem ganha é você!”. Nos próximos dias daremos detalhes dos novos produtos jornalísticos que lançaremos, incluindo newsletters e podcasts. Vamos estreitar o contato com nossa comunidade, para que ela seja nossa parceira tanto na produção de reportagens e entrevistas como na definição do nosso futuro. Queremos conversar com vocês mais, e mais diretamente.
Vamos lançar também um programa de assinaturas, nossa primeira iniciativa de financiamento coletivo, que aliás já está no forno. Consideramos o apoio da comunidade fundamental para manter vivo o jornalismo independente e de qualidade – o que não significa que não vamos procurar empresas interessadas, contanto que elas entendam a importância desses mesmos ideais.
Jornalismo profissional é fundamental para a democracia e para qualquer setor econômico que queira crescer de forma sustentável. Não é diferente nos games. E é para isso que o The Gaming Era existe.