O Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) e a Federação Interestadual dos Trabalhadores em TI (Feittinf) anunciaram na terça (19) que fecharam um acordo coletivo com a Wildlife. A empresa havia sofrido um processo movido pelas entidades por conta das 130 demissões feitas no mês passado pela empresa de aplicativos móveis.
Em nota*, a Wildlife confirmou a assinatura do acordo. Segundo a empresa, os compromissos assumidos com o Sindpd ratificam benefícios já oferecidos aos trabalhadores demitidos anteriormente e “satisfazem os funcionários afetados representados pelo sindicato”.
Com o acordo, os sindicatos do setor de tecnologia – já que o setor de games não tem representação oficial no Brasil – e a empresa, a ação judicial é finalizada. Mas, para isso, a Wildlife concordou com algumas exigências.
A empresa se comprometeu a, além de pagar as verbas rescisórias previstas em lei, manter o plano de saúde dos funcionários demitidos por dois meses a partir da data de demissão. Também a manter o cartão de benefícios (Caju) por um mês e fazer uma indenização adicional com o mesmo valor do salário de cada trabalhador demitido.
A empresa também se comprometeu a não fazer mais demissões coletivas sem prévia comunicação e negociação com os sindicatos. Também se comprometeu a dar preferência para os trabalhadores demitidos em caso de contratações.
“É uma conquista dos trabalhadores e que pode ser um marco no setor de desenvolvimento de jogos, que sempre teve muita dificuldade em estabelecer uma relação negocial com o sindicato”, disse em comunicado Antonio Neto, presidente do Sindpd. A ampliação dessas vantagens auxiliará os empregados a reduzir as dificuldades neste período de transição.”
* texto atualizado às 17h30 para incluir posicionamento da Wildlife, que aparece no segundo parágrafo