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Unity cancela de vez a famigerada ‘Runtime Fee’, que cobrava por instalação

Anúncio foi feito pelo CEO Matthew Bromberg após 'consulta a comunidade'. Assinaturas para empresas de games sofrerão mudanças a partir de 2024
Matthew Bromberg, unity
Matthew Bromberg. Foto: Divulgação, Unity

A Unity Technologies, conhecida pelo motor gráfico de mesmo nome muito usado em jogos, inclusive indies, anunciou essa semana o cancelamento definitivo da famigerada Runtime Fee, como ficou chamada. O anúncio foi feito pelo presidente e CEO da empresa, Matthew Bromberg, em postagem no blog oficial.

A taxa foi anunciada em setembro de 2023 para implantação a partir de janeiro de 2024, e previa uma cobrança entre US$ 0,20 e US$ 0,01 para cada jogo instalado. A variação dependia da certa receita obtida pelo estúdio com a venda de cada game e conforme o plano de assinatura contratado pelo desenvolvedor ou publisher.

A cobrança foi muito muito criticada pela comunidade e empresas do setor, e motivou uma série delas a simplesmente abandonarem o motor gráfico da Unity em detrimento de outras alternativas. Em alguns casos, segundo os desenvolvedores, a cobrança simplesmente inviabilizava o negócios dos estúdios.

A repercussão foi tão negativa que levou o antigo CEO, John Riccitiello, a pedir demissão após nove anos no cargo. Bromberg foi o substituto e foi obrigado a recuar. No Brasil, aliás, o Unity é o motor gráfico mais utilizado, bem à frente do Unreal da Epic Games e o open-source Godot, em parte por conta do seu plano gratuito de entrada atrativo para desenvolvedores independentes.

“Após profunda consulta à nossa comunidade, clientes e parceiros, tomamos a decisão de cancelar a Runtime Fee para nossos clientes de jogos, com efeito imediato. Os clientes que não são da indústria de jogos não são afetados por esta modificação”, escreveu Bromberg no comunicado.

O executivo diz no comunicado que reajustes de preço não podem impactar os clientes de forma tão brusca, e que o cancelamento da taxa tem como objetivo manter a confiança dos clientes – o que nesse caso soa mais como “reconstruir”. “Queremos entregar valor a um preço justo da maneira certa para que vocês continuem se sentindo confortáveis em construir seus negócios no longo prazo com a Unity como parceira”, escreve ele.

O executivo também anunciou algumas mudanças nos pacotes de assinatura atuais para clientes desenvolvedores de games ainda em 2024. O pacote Unity Personal, para clientes individuais, continua gratuito, mas com limite anual de receita aumentado para US$ 200 mil. Já os pacotes Pro e Enterprise terão preços e limites de receita alterados a partir de janeiro de 2025.

A empresa está passando por mudanças desde a entrada do novo CEO. No início de 2024 cerca de 1.800 funcionários foram demitidos como parte dessa reestruturação. Os resultados financeiros da empresa também tem patinado: foi registrada queda de receita de 16%, para US$ 449 milhões, no segundo trimestre desse ano.

* com informações da Reuters e do GamesIndustry.biz

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