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Rainbow Six: Ubisoft anuncia mudanças para atrair jogadoras

Plataforma construída com o Serpro recompensará melhores players de Rainbow Six e incluirá mentorias profissionalizantes
Leandro Estevam, Ubisoft
Leandro Estevam. Foto: Jéssica Roccella

A Ubisoft Brasil anunciou na quarta-feira (10) a criação de uma plataforma exclusiva para mulheres e mudanças no circuito aberto feminino de Rainbow Six: Siege. O objetivo é atrair mais jogadoras e, para isso, a empresa anunciou parcerias para construir um cenário mais robusto e seguro para mulheres.

A mudança mais significativa é a criação do Hub Serpro, plataforma exclusiva para as mulheres, cis e transgênero, jogarem R6S. A promessa é recompensar as melhores jogadoras individualmente, sem a necessidade de estarem em uma organização.

“Poucas mulheres jogam no circuito global do Siege e a gente enxergou isso como um problema. Temos no Siege um percentual relativamente grande de mulheres jogando e não se reflete no competitivo. Por quê? Ambiente hostil e difícil para as mulheres se integrarem”, explicou Leandro ‘Montoya’ Estevam, diretor de eSports da Ubisoft para a América Latina.

Para participarem, as players precisam entrar em uma fila online e o sistema seleciona dez para uma partida. Dessas dez, duas são nomeadas capitãs e escolhem suas equipes. A cada 15 dias as jogadoras mais bem ranqueadas são premiadas em dinheiro.

Mensalmente, as 20 melhores disputam um mini-torneio ao vivo. No final do ano, as dez players mais bem colocadas disputam uma final presencial. Serão R$150 mil em prêmios distribuídos nos próximos cinco meses.

A cada mês terá um prêmio, começando já em julho. Em novembro está prevista a realização do Hub Masters. A plataforma já está em funcionamento e fica ativa 24 horas, para que as mulheres possam jogar a qualquer horário, de forma que consiga encaixar as partidas em sua rotina. 

“A jogadora pode jogar a hora que quiser. A princípio de terça a domingo, com folgas às segundas”, diz Montoya.

O Serpro, parceiro nesse projeto, é uma empresa pública de tecnologia que já atua no mercado de games disponibilizando base de dados para autenticação. De acordo com a superintendente de comunicação, marketing e responsabilidade social do Serpro, Loyanne Salles, a ideia é aumentar o número de mulheres na tecnologia, inclusive na área de games.

Loyanne Salles, Serpro
Loyanne Salles, do Serpro. Foto: Jéssica Roccella

“Nosso objetivo é crescer nessa área. Vamos patrocinar novos projetos e fomentar eventos, porque queremos trazer essa questão do game sobre o aspecto de diversidade e também de inclusão digital, alcançando a população marginalizada, para trazer o jovem para o cenário”, disse Loyanne. “Aqui [Hub Serpro] é nossa primeira atividade. Daqui até o final do ano, tem uma série de ações que vão seguir”, completa.

Mentoria profissionalizante

A nova plataforma também contará com uma mentoria para as jogadoras. São painéis e palestras nos quais mulheres profissionais do mercado de games falarão com as jogadoras e compartilharão experiências.

“Queremos trazer executivas sênior, que enfrentaram o mercado de games lá atrás quando era menos diverso e mais masculinizado, e que construíram uma carreira nesse mercado.” Explica o diretor de esports. Serão convidadas para as palestras apresentadora, narradoras, executivas e outras mulheres da indústria de games. Os paineis serão direcionados para as atletas que pretendem seguir outras carreiras na área de games sem ser jogadoras.

Nicolle Merhy, a Cherrygumms, empresária e ex-jogadora de Rainbow Six Siege tem muito a ensinar para as novas players. A ex-jogadora é dona da equipe Black Dragons.

“Eu joguei no cenário misto e vi o cenário feminino nascendo. Quero tentar mostrar pra elas as dificuldades no meio, como criar um sangue de barata pra passar das dificuldades e mostrar que precisa ser versátil. Você tem que ser várias coisas e isso demanda muito de você, mas faz parte do ecossistema. Quero levar o lado humano, senão a gente se perde pelo caminho.”, conta. 

As mentorias, assim como a participação no Hub, não tem valor adicional.

Circuito aberto

Outra mudança no cenário é o Circuito Femino que se tornará aberto. Os parceiros da Ubisoft poderão realizar competições oficiais, o que antes era gerido apenas pela empresa. “Os parceiros terão mais autonomia para atender as demandas do mercado”, explica Montoya.

A maior variedade de campeonatos e torneios aumenta possibilita a participação de diferentes equipes no cenário e diminui a hegemonia dos principais times que tem se destacado nos últimos anos: W7M e Black Dragon.

“Ficou difícil para as outras organizações conseguirem acompanhar a hegemonia dessas organizações, se tornou difícil competir, porque as melhores jogadoras estavam acopladas a essas organizações”, explica Montoya. Além disso, o diretor ainda diz que há dificuldades em trazer novas jogadoras e fala da necessidade de aumentar a quantidade de mulheres competindo como um todo.

As duas parcerias confirmadas que organizarão as competições deste ano são a Liga Brasileira de Esportes Eletrônicos e Gamers Club.

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