A maioria absoluta dos estúdios de games brasileiros continua concentrada em três estados: São Paulo (302), Rio de Janeiro (107) e Rio Grande do Sul (69), em um universo total de 1042. Os dados são da 2ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games, divulgado na quarta (28) pela Abragames.
Apesar disso, os estúdios nacionais estão distribuídos por praticamente todos os estados, apesar da maior concentração no Sudeste e no Sul. A polarização é histórica e se deve, segundo a entidade, principalmente ao surgimento dos primeiros cursos de design de games e desenvolvimento de jogos digitais nestas regiões.
Em termos regionais, 56% dos estúdios se concentram no Sudeste, 20% na região Sul, 16% no Nordeste, 6% na região Centro-Oeste e 2% no Norte.
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“O levantamento demográfico dos estúdios é muito similar ao encontrado na pesquisa anterior, o que indica uma estabilidade para os próximos anos”, diz Marcos Vinicius Cardoso, cofundador da GA Consulting.
“Como novidade, a atual pesquisa apresenta a divisão dos estúdios por cidade. Municípios com vida cultural e criativa mais presente se destacam também como polos de desenvolvimento [de games]”.
Gênero e diversidade nos estúdios
O levantamento mostra que 784 pessoas passaram a trabalhar em desenvolvedoras de games brasileiras – elevando o total de 12.441 profissionais em 2021 para 13.225 no ano seguinte.
Em se tratando de gênero, os apontam que os homens maioria nas desenvolvedoras, seja como sócios ou colaboradores, totalizando 74,2% da mão de obra. O número de mulheres caiu de 29,8% em 2022 para 24,3%, e o de pessoas não-binárias manteve-se em 1,5%.
Por outro lado, no recorte de distribuição de sócios por área e gênero nas desenvolvedoras, pela primeira vez as mulheres apareceram à frente dos homens em um setor: o administrativo/financeiro, com 28% contra 24%.
Mais da metade das empresas brasileiras (57%, o mesmo número da pesquisa de 2022) afirma ter uma força de trabalho diversa, com transexuais, pessoas com mais de 50 anos, estrangeiros, refugiados, portadores de deficiência, pretas, pardas ou indígenas.
A versão completa da pesquisa pode ser baixada (em pdf) nesse link.