Ritmo recorde de vendas do Switch 2 será ‘difícil de manter’, diz Niko Partners

Consultoria especialista no mercado asiático diz que resultado recorde dependerá do ‘engajamento com novos títulos’
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Imagem: Divulgação, Nintendo

O Switch 2 é o console de videogame com maior volume de vendas no menor espaço de tempo logo após o lançamento na história, confirmou essa semana a consultoria Niko Partners, especializada no mercado asiático. Segundo a Nintendo, o aparelho vendeu 3,5 milhões de unidades nos primeiros quatro dias, sendo quase 950 mil somente no Japão, um recorde para a própria fabricante. Para a NP, é um recorde de toda a indústria.

O PlayStation 5, da Sony, o detentor do recorde anterior, vendeu 4,4 milhões de unidades em sete semanas, relata a consultoria.

Segundo a consultoria, as altas vendas foram impulsionadas pela demanda reprimida por um novo console da Nintendo entre os consumidores e fãs da marca – o primeiro Switch já completou oito anos de mercado e mais de 150 milhões de unidades vendidas  –, e pela “sólida linha de jogos ‘first-party’”, além de esforço da própria Nintendo, “que aumentou a produção para atender à demanda do primeiro dia”.

A Niko Partners se diz otimista sobre o futuro da plataforma, dizendo que talvez as vendas da empresa japonesa superem em dois milhões de unidades a projeção de venda de 14,5 milhões de unidades para o ano fiscal de 2025.

A expectativa da empresa japonesa é levemente maior (15 milhões de unidades no mundo todo no primeiro ano após o lançamento, refletindo números de outra consultoria, a GfK). O número foi confirmado ao jornalista Pablo Miyazawa, sócio do TGE, pelo vice-presidente para a América Latina da Nintendo, Bill van Zyll, em entrevista publicada na semana passada. No entanto, segundo um analista da mesma consultoria, será difícil sustentar o ritmo.

“Será difícil sustentar esse ‘momentum’ de vendas a longo prazo”, ponderou Darang Candra, diretor de pesquisa para o sudeste e leste asiático na Niko Partners em entrevista à Agence France-Presse. “Seu sucesso dependerá da capacidade da Nintendo de manter o engajamento com novos títulos” e atrair jogadores casuais em mercados emergentes. O analista cita o Oriente Médio e países asiáticos fora do Japão como chave.

A questão do preço também assombra. Tanto o console Switch 2 quanto os jogos alcançaram preços inéditos para a marca e foram duramente criticados pelos consumidores – mas eles, ao menos por enquanto, estão comprando mesmo assim.

Outro mercado considerado chave para as receitas da Nintendo são os EUA, que ainda está sob o fantasma das tarifas de importação impostas pela atual administração federal à China e ao Vietnã – países que fabricam a maior parte dos produtos da empresa japonesa. Os preços já elevados praticados sobre consoles e jogos poderiam ser ainda maiores.

“Se as tarifas não mudarem, os consoles de videogame manufaturados na China e enviados aos EUA vão estar sujeitos a 30% de taxas. (…) 30% é o total para consoles”, escreveu Daniel Ahmad, popular diretor de pesquisa Niko Partners, nas redes sociais, citando matéria sobre o tema da agência de notícias Reuters.

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