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Qualcomm: gamer ‘sabe o que está por trás do vidro do smartphone’

Allan Giangrossi, da fabricante do Snapdragon, diz buscar poder de influência dos gamers em eventos como o Mobile Masters
Allan Giangrossi, Qualcomm
Allan Giangrossi, diretor de marketing para a América Latina da Qualcomm. Foto: Divulgação

Um campeonato de esportes eletrônicos é, no fim das contas e apesar de toda paixão e entretenimento, um negócio. São eventos que precisam ser rentáveis, o que depende, é claro, do interesse do público e dos influencers, mas também de patrocinadores e parceiros comerciais. Não foi diferente para no Snapdragon Mobile Masters Powered by Samsung Galaxy, que aconteceu em São Paulo (SP) durante o último fim de semana.

Na competição organizada pela alemã ESL estavam dois jogos muito populares no Brasil: Free Fire, da Garena; e Call of Duty: Mobile, da Tencent e da Activision. Ambos rodam em smartphones, cuja acessibilidade explica boa parte da popularidade no País. E ambos, principalmente o segundo, exigem dispositivos capazes de rodar games com qualidade elevada, ainda mais no cenário competitivo.

É aí que entra o interesse dos dois patrocinadores citados no próprio título do evento: Qualcomm (dona da marca de chips mobile Snapdragon) e Samsung. As duas marcas promoveram, ao longo da competição, o dispositivo topo de linha Galaxy S24, que conta com chips da Qualcomm e foi usado pelos jogadores durante as competições.

“A nossa estratégia é estar perto dos gamers porque ele precisa de performance e desempenho”, resume Allan Giangrossi, diretor de marketing da Qualcomm para a América Latina, em conversa que tivemos nos bastidores do Mobile Masters. “Os smartphones estão ficando com qualidade de consoles. Free Fire e CoD são pesadíssimos, mas dificilmente você vai perceber que [o game] está [rodando] no celular.”

Talvez a maior parte dos consumidores sequer se atente à que processador equipa os dispositivos que compram, mas não é o caso do gamer, segundo o executivo. É um consumidor que “sabe o que está por trás do vidro do smartphone”, diz o diretor. Isso explica por que uma marca que sequer vende diretamente para o consumidor se associa à eventos voltados para o público final.

“É um público maduro, ligado em tecnologia. Muitos são tomadores de decisão e sabem que tem papel fundamental na decisão de compras de eletrônicos”, explica Giangrossi, apostando na capacidade de influência dos gamers sobre outros tipos de consumidores. Muito embora não seja possível “ir a uma loja e comprar um Snapdragon”, o diretor diz que os chips tentam se destacar por features gráficos como ray tracing e qualidade de imagem, e mais recentemente recursos de inteligência artificial (IA).

Tecnologia vs acesso

O Galaxy S24 da Samsung é equipado com um Snapdragon 8 de terceira geração (Gen 3) fabricado em quatro nanômetros (4 nm) para dispositivos topo de linha, ou flagships, no jargão do mercado. São dispositivos de preço elevado, o que no Brasil faz bastante diferença quando se trata de games populares entre jovens de classes sociais menos abastadas, como é o caso do Free Fire.

Segundo Giangrossi, o desempenho de chips intermediários não deixa a desejar, e ele estão em dispositivos de marcas populares como Motorola e Realme, por exemplo, além da própria Samsung, cuja linha de dispositivos de entrada e intermediários é bastante numerosa. “A Qualcomm se preocupa sim em levar cada vez mais essas features premium para smartphones de entrada”, diz ele, ressaltando linhas de gerações anteriores.

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Jogadores usaram o Samsung Galaxy S24 durante o Mobile Masters. Foto: Daniel Santos, Divulgação ESL

Não por acaso a parceria com a ESL é global, mirando mercados tanto desenvolvidos como em desenvolvimento. O Snapdragon Pro Series também acontece em países como Índia e Tailândia, por exemplo.

“É interessante para eles enquanto liga ter parceiros de tecnologia que trazem os equipamentos”, explica o diretor. “Seria mais ou menos como uma marca esportiva como Nike e Adidas no futebol, O framework é o mesmo.”

No fim, o objetivo da Qualcomm é “consolidar Snapdragon como marca preferida” dos gamers, ressalta o executivo.

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