Publicidade nativa em games: quando a inserção das marcas melhora a experiência do jogador?

Segundo estudo do IAB, 86% dos profissionais de marketing acreditam que canal é importante para empresas
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Anúncio em ponto de ônibus dentro de GTA V. Foto: Reprodução

Quando paramos para analisar a indústria dos games, é possível perceber que ela deixou de ser um nicho há tempos. No Brasil, o número de jogadores só tem crescido, com uma alta de 8,9% em relação ao ano passado, segundo a Pesquisa Game Brasil (PGB). Esse é um público diverso e extremamente engajado, que tem atraído marcas de todos os segmentos – inclusive de áudio – interessadas em estar onde a atenção do público está.

Pensando nesse cenário, a publicidade nativa nos jogos tem se mostrado uma alternativa poderosa à publicidade tradicional. Para quem não conhece, essa é uma forma de não interromper a experiência do usuário, pois busca se integrar ao cotidiano de forma orgânica ao conteúdo de um site ou plataforma, parecendo parte dele.

Sem interrupções ou banners, os anúncios nativos são projetados para se misturar ao ambiente, oferecendo conteúdo relevante e informativo para o usuário.

Quando bem executada, a publicidade nativa pode aumentar a imersão e até contribuir para o realismo do jogo. É o que ocorre em alguns jogos esportivos, por exemplo, onde placas com marcas reais reproduzem a atmosfera dos estádios e arenas.

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Um estudo do Interactive Advertising Bureau (IAB), uma organização americana de publicidade que desenvolve padrões para o setor, mostra que 86% dos profissionais de marketing atualmente acreditam que a publicidade em jogos é cada vez mais importante para suas empresas. Inclusive, 40% planejam aumentar investimentos em games com essa finalidade.

Além disso, segundo a pesquisa, mais de 90% dos entrevistados destacaram que a publicidade nos jogos ajuda a engajar o público certo com mensagens relevantes. E, quase 90% dos anunciantes concordam que ela impacta positivamente os resultados da marca.

Outro exemplo positivo são os jogos mobile free-to-play, onde itens patrocinados – como skins, equipamentos ou até fones de ouvido inspirados em modelos reais – são oferecidos como recompensas. Isso cria valor para o gamer e aproxima a marca de forma emocional, especialmente quando o item é percebido como útil ou esteticamente desejável.

Dois lados da publicidade

Por outro lado, a sobrecarga de publicidade ou inserções mal contextualizadas podem provocar frustração. Por exemplo, o excesso de logotipos ou interações comerciais intrusivas pode causar a sensação de que o jogo foi feito para vender – e não para entreter.

Até o momento, não há uma medida padronizada para anúncios em jogos, mas o IAB está atualizando padrões, que datam de 2009. Para muitos, é um sinal de que o jogo se tornou um canal de marketing viável e cada vez maior.

Para uma marca que oferece fones de ouvido de alta performance para jogos, por exemplo, o desafio está em marcar presença de maneira natural e relevante. Isso pode significar criar colaborações com desenvolvedores, disponibilizar headphones como parte do inventário disponível aos personagens ou oferecer experiências exclusivas in-game para quem já é cliente.

Mais que vender, o objetivo é criar conexões autênticas. O metaverso e os games com integração online abrem portas para parcerias criativas – desde concertos virtuais a campanhas interativas com avatares. Nesses ambientes, a publicidade nativa deixa de ser um banner e se torna uma experiência viva.

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