A prefeitura de São Paulo está investindo R$ 5 milhões no desenvolvendo um ambiente virtual interativo – ou um “metaverso” – capaz de permitir interações virtuais entre a administração municipal e os cidadãos, incluindo a requisição de serviços públicos. O MetaversoSP foi apresentado na terça-feira (30) e a previsão é que seja lançado no segundo semestre de 2024.
O anúncio foi feito durante evento de lançamento da segunda edição do NFT.Brasil, evento de “cultura Web3” na capital paulista previsto para o fim de agosto no pavilhão da Bienal. O conceito de Web3 considera a junção de tecnologias relativas à descentralização da web, incluindo blockchain e metaverso.
A empresa organizadora do evento também é responsável pelo desenvolvimento do MetaversoSP, além de uma versão virtual gameficada do próprio evento no qual o ambiente da prefeitura estará inserido.
A prefeitura pretende oferecer acesso direto a serviços pelo MetaversoSP, incluindo o sistema 156 [de requisição de serviços] e o Descomplica [atendimento ao cidadão]. O 156, aliás, já faz uso de blockchain para proteger as requisições feitas pelos cidadãos há alguns meses.
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Além disso, o ambiente virtual ambiciona oferecer “educação, cultura, saúde, esportes, turismo e outras áreas se integram de forma lúdica e inovadora”, e a promessa é de uma versão virtual da cidade, incluindo os principais pontos turísticos.
“A ideia é apresentar o que tem na cidade e as pessoas se interessarem para visitar presencialmente, mas também conhecerem serviços, a cidade, para dar mais pertencimento”, disse o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), sobre a iniciativa.
Segundo o órgão público, o ambiente usa avatares personalizados e NPCs para dar informação e serviços municipais aos usuários. A prefeitura encara o projeto como “um passo em direção a uma São Paulo futurista”, em que “o cidadão não só utiliza, mas também participa ativamente na co-criação e influência do ambiente social e urbano através da tecnologia”.
“Estamos explorando a criação de avatares personalizados e a interação com NPCs para transformar a maneira como a população acessa informações e serviços públicos”, explica o skatista e empresário Bob Burnquist, que é um dos sócios do evento paulistano. O desenvolvimento do MetaversoSP é uma das contrapartidas dadas à prefeitura pelo patrocínio do evento, explicou ele.
Segundo Burnquist, uma versão digital da Catedral da Sé, no centro de São Paulo, já está pronta no ambiente virtual. E a opção de incluir o ambiente da prefeitura no metaverso mais amplo do próprio evento aproximará mais rapidamente o projeto dos usuários, evitando gastos para atração do público.
* com informações da Exame e do Valor Econômico