Pocketpair quer se defender da Nintendo para que ‘indies não sejam desencorajados’

Processo da Nintendo cita quebra de patentes da The Pokémon Company em Palworld
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A Pocketpair, desenvolvedora independente japonesa por trás de um dos maiores sucessos de 2024, o game Palworld, divulgou na manhã dessa quinta-feira (19) uma nota em que se defende da acusação, feita pela Nintendo, de que teria infringido “uma série de patentes”.

“Tivemos notícias do processo e iniciaremos os procedimentos legais e investigações apropriados sobre as alegações”, escreveu a companhia em seu site. “Até esse momento, não temos conhecimento das patentes específicas que somos acusados ​​de infringir e não fomos notificados com os detalhes.”

A defesa pública vem um dia após a Nintendo divulgar, também em site oficial, que entrou na terça-feira (18) no Tribunal Distrital de Tóquio com uma ação de violação de patente contra a Pocketpair. A ação é movida em conjunto com a The Pokémon Company e busca “uma liminar contra a violação”, além de “compensação por danos”.

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Pókemon com armas? Imagem: Divulgação, Pocketpair

A Nintendo acusa Palworld de infringir “vários direitos de patente”, mas não diz exatamente quais. “A Nintendo continuará a tomar as medidas necessárias contra qualquer violação de seus direitos de propriedade intelectual, incluindo a própria marca Nintendo, para proteger as propriedades intelectuais que trabalhou arduamente para estabelecer ao longo dos anos”, termina a criadora de Mario e Zelda.

Em sua defesa, a Pocketpair diz que seu objetivo “sempre foi criar jogos divertidos”, e que Palworld foi um “sucesso surpreendente”, tendo resposta bastante positiva dos jogadores. Segundo a Statisa, o jogo lançado em acesso antecipado em janeiro vendeu no total 25 milhões de cópias para Xbox e PC – o game não está disponível no Nintendo Switch ou no PlayStation 5, mas uma versão para o console da Sony deve sair em breve.

“É realmente lamentável que sejamos forçados a alocar um tempo significativo para questões não relacionadas ao desenvolvimento de jogos devido a este processo”, lamenta a empresa, sem citar que Palworld ainda está em acesso antecipado. A empresa diz que vai “encarar” o processo contra a Nintendo para “garantir que os desenvolvedores de jogos independentes não sejam impedidos ou desencorajados de perseguir suas ideias criativas”.

A bem da verdade o sucesso de Palworld sempre foi acompanhado de debate amplo, no qual muitos jornalistas e influenciadores de games entraram, sobre o quão parecido com Pókemon o jogo da Pocketpair era. O game de sobrevivência em mundo aberto foi muitas vezes chamado de “Pokémon com armas”, e o questionamento sobre estar ou não infringindo propriedade intelectual da Nintendo é frequente.

Vídeo de comparação entre os jogos publicado pelo IGN em janeiro. Fonte: IGN USA

A própria Big N declarou na época que estava “investigando” o assunto, que culminou agora em uma ação judicial.

Desde julho a Pocketpair, por meio de uma joint-venture com a Sony Music e a Aniplex, trabalha no jogo e outros produtos relacionados com o objetivo de continuar expandindo a propriedade intelectual relacionada à Palworld. O jogo segue atualmente na lista dos 100 games mais jogados do Steam, com pico de usuários batendo 26 mil na data de publicação desse texto.

* com informações do portal Siliconera

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