Geração do PlayStation 5 já é a mais rentável da história da Sony com videogames

Videogames geraram US$ 136 bi em receita, com lucro operacional de US$ 13 bi, revela última demonstração de resultados
playstation 5, sony
Foto: Divulgação

A atual geração de videogames da Sony – representada sobretudo pelo PlayStation 5 em suas várias versões e jogos, mas também por outros dispositivos e itens com a marca, além de serviços – é a mais rentável da história da empresa, com US$ 136 bilhões em receitas geradas e US$ 13 bilhões em lucro operacional. Os valores já são mais altos que os registrados em todas as gerações subsequentes, mesmo considerando que o PS5 ainda tem alguns anos de vida pela frente – uma próxima geração só é esperada para 2026 ou 2027.

O PlayStation 5, lançado globalmente em novembro de 2020, já ultrapassou inclusive a geração anterior, até então a mais bem-sucedida – o PlayStation 4 fez US$ 107 bilhões em receitas ao longo de sete anos (de 2013 até 2019), com US$ 9 bilhões de lucro operacional. A única geração em que a Sony teve resultados negativos com videogames foi a do PlayStation 3, com US$ 4 bilhões de prejuízo operacional líquido, muito embora tenham sido gerados US$ 71 bilhões em receitas entre 2006 e 2012.

A Sony diz ter registrado 124 milhões de usuários ativos mensalmente em março de 2025, crescimento de 14% frente a 2022 – o que significa que grande parcela dos consoles da geração anterior ainda estão ativos, já que o PS5 vendeu até agora quase 76 milhões de unidades. O mesmo percentual de crescimento (14%) foi registrado em tempo de jogo dos usuários, alcançando 51 bilhões de horas no ano fiscal de 2024.

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Os números fazem de um relatório segmentado publicado pela empresa em seu site de relacionamento com investidores na sexta-feira (13). São analisados os dados da unidade de negócios chamada pela empresa japonesa de Game & Network Services Segment, que na prática compreende tanto hardware como as operações de estúdios, venda de jogos e serviços da empresa. A apresentação é assinada por Hideaki Nishino, presidente e CEO da Sony Interactive Entertainment, e por Hermen Hulst, CEO do Studio Business Group.

Segundo os executivos, o atual momento da empresa é de “impulsionar o crescimento lucrativo e evoluir a experiência do PlayStation”. E que a plataforma PlayStation 5 é “o melhor lugar para jogar e o melhor lugar para publicar”, ou seja, há um esforço ativo da marca para incentivar editorais e estúdios terceiros (os “third partys”, no jargão da indústria) a continuarem publicado no PlayStation.

A representatividade da divisão de games da Sony é alta no resultado total da empresa. Nos resultados anuais divulgados em março, a divisão de games respondeu por US$ 4,67 bilhões no ano fiscal de 2024 (US$ 414,8 de lucro), mais que um terço dos US$ 12,95 bilhões de resultado total (US$ 1,40 bilhões de lucro).

É de longe a maior divisão da Sony, bem acima dos US$ 2,40 bilhões obtidos pela unidade de negócios de entretenimento, tecnologia e serviços (ET&S) ou o US$ 1,84 bilhão da unidade de música.

Serviços e jogos: motor de crescimento

Segundo a Sony, a venda de serviços cresceu 63% na geração atual, na comparação com a passada. Isso é bem mais que a venda de periféricos (+27%) e conteúdo (+21%). A venda de conteúdo (especialmente jogos) tem sido o grande impulsionador da receita da empresa, apesar do crescimento menor.

No ano fiscal de 2022, os jogos eram 49% das receitas da Sony, percentual que saltou para 54% em 2024. Os serviços também aumentaram 1% no “bolo”. Atualmente são mais de 12 mil títulos disponíveis no catálogo da Sony para PlayStation, segundo a própria empresa.

Olhando especificamente para o principal serviço do PlayStation – a PlayStation Plus –, a Sony tem diz ter tido um aumento do número de usuários que gastam mais para ter mais conteúdo. A faixa Premium detém atualmente 22% dos assinantes da Plus, e a faixa intermediária (Extra) tem 16% do total. A imensa maioria, no entanto, ainda é assinante do serviço mais básico: 62% assinam a PlayStation Plus Essential (em 2022 eram 70%).

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