Quatro: esse é o número de jogos que os estúdios da Microsoft e até agora exclusivos de Xbox que serão lançados em outras plataformas. Que plataformas, que jogos e quando isso acontecerá segue sendo um mistério, mas a estratégia, segundo Phil Spencer, vice-presidente executivo da área de jogos da empresa, não é nova e nem representa uma mudança substancial na estratégia de exclusividades da marca.
“Tomamos a decisão de trazer quatro games para outros consoles, apenas quatro. Não é uma mudança fundamental na nossa estratégia de exclusividade. Tomamos essa decisão por algumas razões específicas”, disse o executivo, logo no começo do podcast (ou videocast?) Updates on the Xbox Business, publicado na noite de quinta-feira (15).
Nenhum dos quatro títulos foram nomeados, mas quando o forem “vai fazer sentido”, disse Spencer, que negou serem Starfield ou mesmo o futuro título Indiana Jones and the Great Circle. O mistério, disse, é para preservar a estratégia de lançamento dos estúdios envolvidos.
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Mas adiantou que serão games já lançados há pelo menos um ano e com dois perfis distintos: dois “impulsionados pela comunidade e tem habilidade de criar um negócio”, o que sugere forte componente online; e outros dois “menores e que nunca foram construídos pensando em exclusividade”. Os rumores até aqui e palavras de Spencer sugerem que se trata de Sea of Thieves e Grounded, no primeiro caso, e Hi-Fi Rush e Pentiment no segundo.
Para o executivo, lançamentos no Playstation e no Switch são oportunidades de extrair mais valor dos games (entenda como ganhar mais dinheiro), e “investir em futuras interações ou sequências”, além de apresentar jogos de Xbox para donos de outras plataformas. “Se não danifica o Xbox, vamos fazer”, disse.
“Qualquer decisão que tomamos leva em consideração o sucesso de longo prazo do Xbox. E acho que em cinto a dez anos games exclusivos, para um único hardware, vão ser parte menor e menor da indústria”, refletiu o executivo, afirmando que essa tem sido a tendência nesse exato momento: grandes jogos estão em múltiplos consoles e no PC.
Spencer também disse que, por meio das aquisições feitas nos últimos anos, é uma “das maiores publicadoras no Playstation”, graças à aquisição da Activion Blizzard King e da Zenimax, e no Switch, “quando se coloca Minecraft na equação”. E que o crescimento do negócio Xbox é crítico para sua continuidade de longo prazo.
“Quero garantir que o Xbox esteja em melhor posição para os próximos 20 anos. O que significa uma comunidade de jogadores, criadores e do negócio saudáveis”, disse.
Para os futuros lançamentos dos estúdios Xbox, os planos não devem mudar, disse Phil Spencer. (Muito embora os rumores em contrário continuem a ser ouvidos.)
Sim, vai haver um próximo Xbox
Matt Booty, executivo que lidera os estúdios da Microsoft (Xbox Game Studios); e Sarah Bond, presidente de Xbox, fizeram coro às palavras do “chefe” Spencer. Primeiro, Booty assegurou que os jogos first-party vão continuar saindo primeiro no Xbox, preferencialmente no Game Pass logo no primeiro dia.
Já Sarah Bond anunciou, primeiro, o lançamento de Diablo IV no Game Pass – primeiro fruto da conclusão da aquisição da Activision Blizzard. E outros jogos da ABK devem vir em seguida. Segundo ela, já são 34 milhões de assinantes de Game Pass no mundo.
A executiva também assegurou que a melhor experiência nos jogos de Xbox continuará sendo no Xbox, que oferece “o carro-chefe da experiência”. Disse, inclusive, que nunca houve tantas empresas desenvolvendo jogos para o Xbox. São “milhares” deles, disse Bond.
E adiantou que a empresa vai continuar investindo na fabricação de consoles e no suporte dado aos estúdios, tendo inclusive já investido em um cronograma para o lançamento da próxima geração de consoles Xbox – segundo ela, o “maior salto de hardware já visto em uma geração”. E prometeu mais detalhes para junho, durante o feriado americano.
O programa completo pode ser visto abaixo, no YouTube.
