Neymar da Silva Santos Júnior, ou só Neymar, vai voltar para o Santos e para o futebol brasileiro por pelo menos seis meses. Os impactos no futebol nacional são imediatos, mas será que essa onda pode também respingar nos games?
Sou torcedor e sócio do Santos Futebol Clube, tenho muitas ressalvas e discordo de muita coisa que Neymar já fez e falou, mas também é difícil não se empolgar com o retorno dele como atleta, que evoca a magia das temporadas 2010 a 2013, quando ele estourou. O simples fato de ele rescindir com o clube árabe Al-Hilal e ficar mais próximo do Peixe já resultou em aumentos expressivos de números de sócios-torcedores e seguidores nas redes sociais do clube.
A gente sabe que Neymar é grande fã de jogos eletrônicos. Quando ele despontou, 15 anos atrás, foi logo abraçado pela Konami e apareceu na capa de jogos da série Pro Evolution Soccer – aliás, parceria que perdura até hoje no eFootball.
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Neymar também é fã declarado de games multiplayer, como os incansáveis Counter-Strike, PUBG Mobile e até Mario Kart, e já vimos várias interações dele com Fallen, Coldzera e outros nomes icônicos do cenário competitivo.
Será que a presença dele em território brasileiro, mais perto e acessível, pode acelerar iniciativas de competições, criações de equipes e outras atividades por aqui? Acho bem possível.
Em agosto de 2024, o atleta fez uma participação na Esports World Cup, na Arábia Saudita, onde foi campeão em uma disputa específica de celebridades. E não dá para esquecer também que ele virou personagem em jogos como Fortnite, Call of Duty, Mobile Legends e o menos conhecido Mech Arena.
Vejo situação parecida com a Kings League, que já vem preparando terreno para estrear oficialmente no Brasil – e que para isso já conta com nomes fortes do cenário de games e eSports, como Gaules e Nyvi Stephan.
Confesso que até agora não entendi muito do apelo e graça da Kings League e acho ruim ter o ex-jogador Piqué como principal garoto-propaganda. Mas nada disso muda o sucesso técnico do Brasil nesse esporte tão novo, assim como números promissores de audiência e engajamento – que podem ser turbinados em uma eventual tabelinha com Neymar.
* texto publicado originalmente no LinkedIn em 29/01