Se o gamer evoluiu, por que o varejo ainda joga no modo fácil?

Empresas lidam com consumidores que navegam entre físico e digital com naturalidade, escreve Alexandre Volpe
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Foto: Canva

O mercado de games no Brasil não é mais um nicho — é um movimento cultural e econômico que está redefinindo o varejo de tecnologia. Os jogos ultrapassaram as barreiras do entretenimento e moldam comportamento, impulsionam a inovação e estabelecem parâmetros para a experiência de consumo.

A Pesquisa Game Brasil 2025 reforça essa revolução. O smartphone continua liderando como plataforma preferida para jogos, com 48,8% da preferência. Mas mais do que uma escolha, o mobile representa a porta de entrada para um ecossistema em transformação — que exige do mercado mais do que oferta: exige vivência.

O consumidor gamer de hoje busca imersão, desempenho e identidade. Ele é criterioso, hiperconectado e valoriza marcas que compreendem suas experiências, não apenas seus desejos de compra. Por isso, nossa estratégia vai além do sortimento: envolve escuta ativa, curadoria especializada e agilidade operacional para antecipar tendências.

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Esse novo cenário tem sido impulsionado por tecnologias como inteligência artificial, realidade aumentada e ambientes imersivos. Elas não apenas mudam a forma como se joga, mas transformam como o consumidor se conecta com as marcas.

Estamos entrando na era da experiência total, onde o ponto de venda vira palco, e cada interação pode (e deve) ser memorável.

Outro ponto-chave é a diversidade no consumo. A PGB revela que 50,9% dos gamers brasileiros são mulheres. Esse dado é mais do que simbólico — ele redefine o mercado. Para nós, é um chamado à ação: desenvolver produtos e campanhas com menos estereótipos e mais inclusão. O novo consumidor quer se ver representado — e isso impacta diretamente a escolha de marcas, acessórios, jogos e experiências.

Se em 2024 falávamos de consolidação do mobile e crescimento dos streamings de gameplay, agora o foco é outro: a integração inteligente entre tecnologia, storytelling e propósito. A IA passou a ser protagonista na personalização de ofertas, no suporte automatizado e até na criação de novas formas de engajamento.

Acompanhar esse ritmo não é mais um diferencial competitivo — é uma estratégia de sobrevivência. O jogo mudou. E quem deseja vencê-lo precisa entender que estamos lidando com consumidores-jogadores que navegam entre realidades físicas e digitais com naturalidade e exigência.

O futuro do varejo gamer é agora — e ele exige ousadia, sensibilidade e inovação. Se o consumidor mudou o jogo, por que seu varejo ainda joga com as mesmas regras?

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