A maioria dos gamers brasileiros é casual: prefere o celular como plataforma (74%), mas não necessariamente consome conteúdo sobre games (40% o fazem) ou assistem streamers (só 32% têm esse hábito). No entanto, dedicam um tempo considerável jogando: 27% jogam diariamente e 33% algumas vezes por semana, sendo que 42% dedicam entre um ou duas horas por sessão.
Esse é um perfil básico do gamer brasileiro, segundo estudo divulgado recentemente pela plataforma de insights sobre o consumidor MindMiners. O relatório, chamado Gameverso: Onde Tudo Está Conectado, ouviu cerca de 2 mil pessoas acima de 18 anos em todas as regiões do País.
A maioria joga sozinha (45%) ou com amigos do “mundo real” (35%). Depois do celular, as plataformas preferidas são o computador (44%) e o console (43%), que aparecem bem depois.
Quase metade (48%) come ou bebe alguma coisa enquanto joga, sendo que água (56%), refrigerantes (51%), chocolates (45%) e snacks como salgadinhos (44%) são os mais consumidos – fruta que é bom só 32% curtem. =D
Séries (66%) e redes sociais (60%), além de ouvir música (55%) são os hábitos de consumo cultural preferidos dos questionados pelo estudo. Apesar disso, apenas 31% dizem se identificar com o rótulo “geek” – 27% nem sabem o que essa palavra significa.
Vender para o gamer
O objetivo do estudo, segundo a MindMiners, é entender perfis, comportamentos e hábitos que possam gerar oportunidades para empresas que queiram apostar no mercado gamer. E a pesquisa vai bastante à fundo: busca entender por exemplo se os gamers cuidam da própria saúde (56% dizem que sim) e alimentação (61% dizem comer bem).
“Esses e os outros dados que aparecem no estudo têm como objetivo trazer insights para as marcas, para que possam trazer mais soluções para o dia a dia desse público”, explica em comunicado Danielle Almeida, CMO e sócia da consultoria. “O highlight mais importante é que não existem limitações de idade, gênero ou qualquer outra característica atribuída às pessoas que gostam de jogos eletrônicos. Então essa é a primeira lição: dar adeus aos estereótipos.”
Considerando esse objetivo, é claro que o poder de consumo dos gamers é um objeto importante de estudo, inclusive para as editoras e estúdios brasileiros. A maior parte não consegue guardar dinheiro (29%), ou consegue de vez em quando (24%). Entre os que guardam, a maioria o faz para alguma emergência (59%).
O estudo completo pode ser visto nesse link.