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Fábrica de Games: SP vai capacitar 225 jovens para fazerem games

Projeto nas Fábricas de Cultura do estado começa em agosto e mira jovens entre 14 e 21 anos. Parte do conteúdo será fornecido pelo Google
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Regina Chamma, do Google (ao fundo) e a secretária Marília Marton. Foto: Joca Duarte, Divulgação

O governo do estado de São Paulo e o Google anunciaram na quarta-feira (24), em evento na sede da empresa de tecnologia na capital paulista, uma parceria em um projeto chamado Fábrica de Games. Trata-se de um programa liderado pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas que mira jovens do estado que queiram seguir carreira na indústria de jogos eletrônicos.

O Fábrica de Games funcionará nas 15 unidades da Fábrica de Cultura espalhadas por São Paulo. Serão oferecidos cursos de qualificação em games, com duração de dois semestres. Parte do conteúdo educacional oferecido pelo Google.

Poderão participar jovens entre 14 e 21 anos que possuam algum conhecimento prévio em tecnologia ou áreas relacionadas. Ao todo, serão 225 vagas. As inscrições começam em julho e as aulas em agosto desse ano.

“Queremos fomentar cada vez mais esse mercado [de games], e por isso a gente acredita nessa parceria tão importante com o poder público”, disse Regina Chamma, diretora de parcerias da Google Play para a América Latina, durante o evento – o The Gaming Era foi convidado pelo Google para acompanhar.

“A importância que vocês têm na cadeia produtiva da indústria cultural é fundamental para o estado de São Paulo. Vocês estão destinados a ir para esse mercado [de games], e de audiovisual”, disse Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, se dirigindo aos cerca de 70 alunos das Fábricas de Cultura que estavam presentes no evento realizado na sede do Google.

O estado de SP tem lançado há cerca de quatro anos no Estado unidades sob o conceito de “Fábrica de Cultura 4.0”, que busca inserir recursos tecnológicos mais avançados na formação de jovens que frequentam as estruturas – incluindo óculos de realidade virtual e impressoras 3D, por exemplo.

Em conversa reservada com o TGE, a secretária disse que o desenvolvimento do setor de games é uma prioridade do governo estadual. E que “novas mídias”, incluindo jogos eletrônicos, são tratados internamente como uma “indústria de cultura pop”, capaz de gerar empregos e renda inclusive para jovens em situações marginalizadas.

“Poucos meninos de classe média alta tem acesso aos equipamentos que vocês já têm”, disse ela depois, aos alunos presentes. “Vocês vão fazer duas coisas boas: o que gostam e ganhar dinheiro, porque ninguém vive de sol”, brincou.

Gamescom como cenário

Segundo a executiva do Google, as tratativas entre a secretaria estadual e a empresa de tecnologia para oferta a Fábrica de Games começaram na Gamescom da Alemanha de 2023. O começo do acordo também foi lembrado pela secretária estadual, que também citou o esforço do governo estadual e do setor para “trazer” a edição latino-americana da feira alemã ao Brasil – e que os alunos da Fábrica de Cultura poderão acessá-la gratuitamente em junho.

“Nossa missão era convencer a Regina [Chamma] de que era importante a parceria com o Estado. Foi uma conquista importante para nós”, disse ela. A “Big Tech” vai disponibilizar as aulas feitas para o Google Play Academy e o Favela Gaming Bootcamp (que é apoiado pelo YouTube), e que ensinam profissionais de games a desenvolverem e publicarem jogos (e também outros aplicativos) e vídeos na loja de apps Play Store e na plataforma de vídeos.

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Daniel Trócoli, do Google Play. Foto: The Gaming Era

Pergunto a Daniel Trócoli, head de parcerias para games da Google Play, se a parceria com a Secretaria de Cultura de SP inclui outras ações. “De imediato não, mas demonstra o interesse de fomentar o ecossistema. É muito difícil, quando a gente olha para outros países que tiveram sucesso com a indústria de games, isso [o fomento] partir só da indústria, ou só do poder público. Existe um espaço de cooperação”, disse.

Duas organizações sociais (OS) são responsáveis pela gestão das Fábricas de Cultura – a Poeisis e Catavento –, e gerenciarão também a Fábrica de Games. Serão trilhas de curta duração técnicas sobre desenvolvimento de jogos, incluindo design, áudio e trilha sonora, entre outros. Segundo a secretaria estadual, será possível complementar e aprofundar os conteúdos.

As aulas serão presenciais e cada módulo será composto por um ateliê de criação e duas trilhas de curta duração, com carga horária total de 294 horas.

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