Marcas não-endêmicas que queiram de fato alcançar o público gamer, especialmente o mais jovem, e estabelecer conexões efetivas com ele em 2025, precisam investir com constância e consistência. Essa é uma das grandes conclusões a que chegaram profissionais do mercado publicitário e marketing, desenvolvedores, gamers e streamers que participaram de um evento em São Paulo, o B2Game.
A primeira edição do evento foi realizada pela agência Cheil Brasil e pela Xdome Gamer Lab –arena gamer localizada no Shopping Metrô Santa Cruz, zona sul da capital paulista. Foram debatidas oportunidades e desafios para marcas alcançarem o público gamer, considerado “cada vez mais estratégico para os anunciantes”.
O Xdome Gamer Lab é um espaço da Allos, grupo composto por 58 shopping centers brasileiros espalhados por 40 municípios. O espaço de 300m² oferece infraestrutura, computadores e consoles pagos por hora sob demanda. Também é capaz de hospedar eventos e competições para até 180 pessoas.
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“A indústria de games vive diversas transformações todos os dias – e é nosso papel, enquanto publicitários, entender todos os movimentos, oportunidades e dores da comunidade gamer para propor estratégias realmente eficazes para as marcas participarem do jogo”, ponderou durante o evento Tatiana Pacheco, COO da Cheil Brasil.
Segundo os presentes, os gamers sabem diferenciar marcas não-endêmicas que promovem esforços genuínos daquelas que apenas fazem ações pontuais. Estratégias mais perenes são consideradas fundamentais. É necessário, assim, que as marcas vejam os games não como espaço para propaganda, mas como oportunidade para contribuir com o entretenimento.
“Temos que evoluir na forma de pensar, desenhar e desenvolver as ações dentro dos jogos. É preciso conectar-se ao mindset dos gamers, saber como eles querem se relacionar e perceber como a marca pode participar de cada título ou gênero de jogo para transformar uma simples veiculação em uma experiência memorável”, explicou Pedro Derbli, diretor de gaming na Cheil Brasil. “Se a marca levar algo que contribua com o desempenho dele [o gamer], será muito bem-vinda. É aí que nasce um relacionamento.”
IA e dados
No debate, a inteligência artificial foi encarada como oportunidade tanto para desenvolvedores de jogos como para as marcas. A tendência, disseram os especialistas, é que a IA colha mais dados e no futuro seja capaz de adaptar o jogo a cada player de forma personalizada.
“As soluções que vemos hoje com IA ainda são muito simples, mas a tendência é que a disciplina se expanda rapidamente, abrindo novas oportunidades, meios e formatos de as marcas participarem dos jogos e direcionar melhor suas experiências para a comunidade”, disse Derbli.