Nova geração de desktops Alienware Aurora amadurece e aposta em discrição

PC gamer da Dell promete saltos de eficiência com menos ruídos. Modelo é fabricado em Hortolândia (SP)
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O Alienware Aurora. Foto: Divulgação

Os tempos estão mudando para os fabricantes de equipamentos e periféricos ditos “gamers”. Isso porque ser discreto parece estar ganhando alguma importância para esse público-alvo, conforme ele amadurece e leva computadores e notebooks para o escritório – a ideia é trabalhar, claro, muitas vezes executando tarefas pesadas que precisam de GPUs, mas depois é possível (por que não?) jogar uma partidinha. Talvez por isso o Alienware Aurora, novo desktop gamer “na caixa” da Dell lançado nessa quarta-feira (30), parece bem mais elegante que os das gerações anteriores.

O The Gaming Era foi convidado a conhecer o equipamento em coletiva de imprensa realizada uma semana antes do lançamento oficial do PC por aqui.

“É um público que está cada vez mais maduro, com um poder aquisitivo maior, e que quer conectar o universo gamer ao profissional. Como é um produto caro, muitas vezes o cliente não vai querer comprar uma máquina para cada um desses usos. Então esses universos se entrelaçam”, explicou ao TGE o gerente de produtos para gaming da Dell no Brasil, Tomás Berny.

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Desktop em exibição durante coletiva de imprensa em São Paulo. Foto: TGE

O que diferencia então um desktop Alienware Aurora de uma workstation? Segundo o executivo, principalmente as certificações necessárias para uso em uma grande corporação. Do ponto de vista técnico, computadores pensados para trabalhos pesados tem GPUs especificas, diferentes das construídas para uso gamer, embora seja possível fazer as duas coisas nos dois tipos de hardware.

“Dá para usar um Alienware para programar? Dá, com certeza”, brincou Berny, admitindo que o grande desafio desse uso misto que profissionais liberais e pequenas empresas farão do Desktop Alienware é um desafio de design. “… trazer uma identidade visual que vai trazer a pompa que o cliente quer, com um RGB e o apelo da marca, mas que também pode ser mais discreto se precisar. Ainda é um produto gamer, essa veia nunca vamos perder.”

Alienware Aurora: salto geracional

O design do novo desktop Aurora da Alienware foi mostrado primeiro durante a Brasil Game Show de 2024 (mas ainda sem as configurações). Ele é bem diferente da geração anterior (a R15), com chassi mais elegante e discreto, embora mantendo o espaço interno (25,2 litros) e dando o que a Dell promete ser um “um salto geracional” de performance – o que na prática significa ter processadores Intel Core Ultra 9 (285K) e 7 (265KF) e placas gráficas Nvidia RTX 50 (com opção da geração anterior, a RTX 4060Ti).

O equipamento ainda é, claro, para gamers entusiastas. É possível fazer overclocks. Ele vem com até 64GB de memória RAM, com no mínimo o dobro da oferecida no modelo anterior (32GB vs 16GB), SSD de 1TB NVMe e placa de Wi-Fi 7. A fonte é das mais potentes: 1000W.

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Apesar disso, o computador também promete menos ruído (sonoro e visual). O sistema de resfriamento inclui quatro ventoinhas de 120mm e resfriamento líquido, o que em tese permite uma redução de até 10% na temperatura no processador e de 6% na placa de vídeo.

Mathias Simon, consultor de comunicação da Dell na América Latina para PCs e infraestrutura, explicou ao TGE que as configurações foram escolhidas tanto para melhor precificar o equipamento no País, como para tornar o processo de fabricação e suporte mais célere. “Essas escolhas permitem otimizar a cadeia de produção e trazer um preço mais competitivo para o mercado brasileiro, que sofre com a volatilidade”, explicou.

Salgado, mas brasileiro

O preço, claro, é alto. O Aurora começa a ser vendido hoje no Brasil por valores a partir de R$ 14 mil, na versão com a RTX 4060Ti, e pode chegar a R$ 20 mil na versão com RTX 5070, monitor, teclado e mouse – tudo da mesma marca Alienware. Kits como esse ficam disponíveis por tempo limitado (até 9 de maio ou até durarem os estoques) na loja online da Dell e varejistas selecionados.

Segundo Tomás Berny, gerente de produtos para gaming da Dell no Brasil, computadores nessa faixa de preço fazem cada vez mais sentido para o País. O que não impede que a marca esteja se esforçado para reduzir valores – desde 2023 os equipamentos da Alienware, sejam desktops ou notebooks, são fabricados na planta da Dell em Hortolândia, interior de São Paulo – o que também permite um suporte mais bem localizado.

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Mathias Simon (esq) e Tomás Berny, os executivos da Dell responsáveis pela marca Alienware no Brasil. Foto: TGE

“É um produto que tivemos muito trabalho para desenhar de ponta a ponta, pensando no mercado brasileiro”, disse o executivo, na coletiva de imprensa. “Ele já sai pronto da caixa, com inovações relevantes no design.”

Segundo Berny, o desktop Aurora é mais “versátil”, se comparado ao modelo anterior R15, que segundo os clientes era “muito grande e pesado”. “O cliente não é só um gamer, ele quer [o computador] para usos profissionais, mas mantendo o apelo Alienware. Esse cliente é premium, então as decisões são pensadas para quem quer uma solução de alta performance tirada da caixa.”

Os executivos da Dell estavam otimistas sobre as vendas da nova geração de desktops da Alienware no Brasil. Os aprendizados da geração anterior, disseram, foram importantes para entender melhor “o tipo de cliente que valoriza uma solução completa tirada da caixa”, me disse Berny. “É um produto muito eficiente”, garante.

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