Gosto de destacar a importância do trabalho de localização nos videogames e hoje trago um exemplo que acho bem marcante: a série Jackbox! A franquia de party games digitais está há pouco mais de um ano oficialmente no Brasil, com jogos muito bem localizados em nosso idioma e também para a nossa moeda, o real.
Em 2024, quem visitou a Gamescom Latam ou a Brasil Game Show certamente presenciou o sucesso que é Jackbox em eventos presenciais. Os jogos têm dinâmicas rápidas, intensas e hilárias, uma vibe meio Imagem & Ação com mais tecnologia e gente pagando mico na frente dos amigos.
Isso resulta em estandes sempre movimentados e que chamavam muita atenção – especialmente pelas risadas da galera.
Disponível pra PC e consoles PlayStation, Switch e Xbox, a franquia brilha também pela facilidade para jogar. Com apenas uma cópia no computador ou videogame, todo mundo pode jogar conectando rapidamente o celular e interagindo pelo próprio smartphone.
Jackbox também brilha como um ótimo exemplo de conteúdo gerado pelos usuários, o tão falado User Generated Content (UGC), já que muitas das brincadeiras trazem respostas e comentários criados pelas pessoas que jogam e destacados por outros jogadores. A própria comunidade valoriza as respostas mais divertidas para as atividades.
O polimento final vem da localização de textos e áudios. A tradução é brilhante, com textos hilários e malemolentes, que traduzem bem o dinamismo dos games e o espírito festivo do brasileiro para os games. Inclusive, a Jackbox Games destaca como os números de vendas de muitos dos títulos da franquia aumentaram após ganharem localização em português.
Pode não ser um título AAA do tipo que conquista a maioria dos holofotes na indústria, mas vejo na Jackbox Games um exemplo importante, forte e sustentável de como fazer um trabalho amplo de localização rende bons resultados.