Metade dos desenvolvedores não acredita no futuro do mercado de games VR

Estudo indica que 53% não pretende fazer jogos do tipo. Apple Vision Pro não alterou falta de entusiasmo pela tecnologia
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Foto: Canva

Uma pesquisa divulgada recentemente pelo The Game Developer Collective – grupo de estudos de mercado formado pela consultoria Omdia, a organizadora de eventos Informa e o portal Game Developer – revelou que mais da metade (56%) dos desenvolvedores de jogos eletrônicos acham que o mercado de games VR (realidade virtual) está “em declínio ou estagnação”.

Outros 23% acham que esse segmento está “crescendo de forma modesta”. Só 1% acredita em um crescimento forte dos games VR.

Entre os desenvolvedores ouvidos pelo estudo que não estão trabalhando em VR, apenas 3% acham que seus estúdios ou empresas vão ingressar no segmento no próximo ano. A maioria (53%) é categórico ao dizer que nunca vai explorar esse tipo de jogo.

Os devs que responderam ao estudo acham, em 88% das respostas, que o mercado de VR tem como principal problema a falta de público, ou seja, pouca gente disposta a gastar dinheiro com games em VR. Outros fatores mencionados incluem a dificuldade de fazer experiências confortáveis e imersivas (38%) e falta de financiamento para projetos do tipo (35%).

Barreira do preço

O estudo aponta que os dispositivos de realidade virtual, inclusive para jogos, ainda seguem caros e inacessíveis para a maior parte do público. A Sony, por exemplo, teve que baixar o preço de seu PlayStation VR 2 e levá-lo para o PC como forma de tentar vender mais dispositivos (e, por tabela, softwares).

Outro player que segue insistindo no potencial do VR, inclusive para games, é a Meta. A empresa de Mark Zuckerberg anunciou recentemente uma versão mais barata do Quest, o Quest 3S, que custa a partir de US$ 300 e foi anunciado com games exclusivos, incluindo Batman: Arkham Shadow.

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O Apple Vision Pro. Foto: Reprodução

A Apple é outra que enfrenta dificuldade no segmento. O Vision Pro, óculos de realidade aumentada que foi anunciado com algum apelo para jogos, foi lançado em fevereiro nos EUA pela bagatela de US$ 3,5 mil. Apesar do dispositivo ter se esgotado na fase de pré-venda, os consumidores parecem não ter gostado do aparelho e promoveram um onda massiva de devolução do dispositivo.

A pesquisa do TGDC perguntou aos desenvolvedores se o dispositivo da Apple alterava de alguma forma o futuro do mercado de games em VR. A resposta, para 72%, foi que o impacto é “inexistente”.

* com informações do portal Game Developer

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