A Microsoft vai demitir mais 650 trabalhadores de sua divisão de jogos eletrônicos. O anúncio feito nessa quinta-feira (12) pelo líder da unidade, Phil Spencer, em comunicado interno enviado aos funcionários. O documento foi obtido pelo jornalista Tom Warren, do The Verge.
Os cortes ainda estão relacionados ao processo de absorção da Activision Blizzard King, cuja aquisição foi concluída em outubro de 2023 por US$ 68,7 bilhões após um longo processo de aprovação por órgãos reguladores em alguns países. A maior parte dos demitidos, segundo Spencer, é de funcionários da estrutura corporativa e papeis de suporte.
Ainda não se sabe se desenvolvedores dos estúdios também foram afetados. Segundo o executivo, não há jogos, dispositivos ou experiências sendo canceladas junto com as demissões.
É a segunda grande demissão massiva feita pela divisão de gaming da Microsoft em 2024 – em janeiro, foram mandados embora 1.900 funcionários. Além disso, em maio, o Xbox Game Studios fechou estúdios da Bethesda – o Arkane Austin e o Tango Gameworks, esse último depois comprado pela sul-coreana Krafton –, o que incluiu demissões adicionais.
“Nos EUA, estamos apoiando [os funcionários demitidos] com ‘pacotes de saída’ que incluem indenização, assistência médica estendida e serviços de recolocação para ajudar na transição; fora dos EUA, os pacotes variam de acordo com a localização”, escreve o executivo, na carta.
Não é um bom momento para a divisão de gaming da Microsoft. As vendas de dispositivos Xbox atualmente estão muito abaixo do seu principal concorrente, o PlayStation 5 da Sony, e há questionamentos sobre a estratégia de lançar games dos estúdios Xbox – incluindo Indiana Jones – no console concorrente, o que tem desagradado os fãs da marca.
Apesar disso, no ano fiscal de 2024 a receita da empresa com conteúdo e serviços de jogos subiu 61%, e as receitas 44%, em grande parte por causa da conclusão da aquisição da ABK. A venda de consoles, no entanto, caiu 42% no período.
* com informações do The Verge e do Wall Street Journal
