Começa nessa terça-feira (20) em Colônia, na Alemanha, a décima sexta edição da Gamescom, um dos maiores eventos de games do mundo (e com certeza o maior da Europa). É o “evento mãe” da Gamescom Latam, que aconteceu pela primeira vez no Brasil em junho. Segundo os organizadores, será a maior Gamescom de todos os tempos, com recorde de expositores (serão 1.400 no total), 15% mais do que em 2023.
Segundo os organizadores, a feira está “mais internacional e diversificada”. Os expositores são de 64 países (inclusive o Brasil) distribuídos no imenso centro de exposições com mais de 230 mil metros quadrados. O número de pavilhões de países também aumentará para 48, de 37 países diferentes, também um novo recorde (eram 33 pavilhões de 26 países em 2023).
O evento começa oficial com o show de abertura chamado Opening Night Live (ONL), apresentado por Geoff Keighley, fundador do The Game Awards e da Summer Game Fest, a partir das 14h dessa terça, no horário de Brasília. São prometidas várias novidades de publishers como a 2K (Sid Meier’s Civilization VII), Activision (Call of Duty: Black Ops 6), Capcom (Monster Hunter Wilds), entre outras, além de títulos inéditos.
Além do aumento do número de expositores, a Gamescom também diz ter novas áreas para comunidades. E o congresso da Gamescom, com uma programação diversa de palcos, será realizado em uma área recém-inaugurada do centro de exposição com “mais espaço e oportunidades de troca”, dizem os organizadores.
A bem da verdade a conferência alemã começou no fim de semana para quem é desenvolvedor ou profissional da indústria. A DevCom (Developer Conference), série de conferências para profissionais da indústria que também acontece em Colônia, na Alemanha, começou no domingo (18) e termina nessa terça-feira, pouco antes da Gamescom propriamente dita.
“O maior evento de jogos do mundo continua a crescer. Estamos muito felizes em poder anunciar esses números extraordinários apenas uma semana antes do início da Gamescom”, diz em comunicado Gerald Böse, CEO da Koelnmesse, empresa responsável pela organização da feira junto com a Associação Alemã da Indústria de Jogos.
As duas organizações alemãs também são responsáveis pela organização da Gamescom Latam, mas por aqui elas têm como sócias o BIG Festival e a Omelete Company.
Participação brasileira
Pelo menos duas comitivas com estúdios brasileiros participam da Gamescom alemã esse ano. A primeira e mais tradicional delas é a promovida pela Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Games), por meio do Brazil Games – projeto de exportação realizado em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos).
São mais de 40 empresas de desenvolvimento de jogos que já estão na Alemanha para participar da Devcom e da gamescom – a lista completa pode ser vista aqui. Segundo a associação nacional, a presença de destaque da delegação brasileira em eventos globais reflete o bom momento da indústria nacional, e que estúdios do País têm sido mais procurados por parceiros internacionais.
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“A crescente demanda por nossos estúdios reflete não apenas a qualidade e inovação que oferecemos, mas o posicionamento estratégico do Brasil como um polo emergente da indústria global de games”, diz em comunicado Rodrigo Terra, presidente da Abragames.
Segundo ele, além da exposição dos jogos nacionais, a participação da comitiva brasileira tem como objetivo gerar oportunidades de negócios, networking e interesse nos estúdios do País. O Brazil Games terá estandes próprios nos dois eventos para fazer reuniões e outras atividades de networking.
Em 2023, segundo Terra, a participação brasileira na Gamescom gerou mais de US$ 76,7 milhões em contratos.
CreativeSP
O próprio governo do estado de São Paulo também formou uma comitiva própria com dez empresas paulistas para a Gamescom. A missão empresarial está sendo realizada pelo CreativeSP, programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e da InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
O CreativeSPoferece um reembolso máximo de US$ 3 mil em despesas elegíveis para custear até 50% dos gastos das empresas selecionadas com a viagem. Ele ainda promove eventos de networking durante as missões e oferece ações de consultoria, monitoramento de resultados e acompanhamento pós-evento.
Além de incentivar a troca de conhecimentos, o objetivo é promover negócios, atrair investimento estrangeiro e potencializar a geração de emprego e renda na indústria cultural, segundo a própria secretaria. As empresas selecionadas para a missão são: Ignite Game Studio, Trexx Games, Skyfix, Split Studio, Mad Mimic, Vermillion Studios, Theogames, Druid Creative, GMD e Flamma.
“Nossas empresas terão a chance de exibir suas inovações e talentos, além de se conectarem com líderes da indústria global. Este é um passo estratégico para impulsionar o setor de games de São Paulo”, diz em comunicado a secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Marília Marton.
O estado do Rio Grande do Sul, por meio da SEDEC (Secretaria de Desenvolvimento Econômico), também está apoiando as empresas do estado.
