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Celebrar o Orgulho fortalece o cenário e evolui a própria sociedade

Ações promovendo inclusão e diversidade LGBTQIAPN+ fortalecem relação de marcas com o público, melhora universo gamer e evolui a sociedade como um todo
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Imagem: Max Plieske, Pixabay

O universo dos games vem evoluindo rapidamente em termos de representatividade e inclusão. De acordo com relatório publicado em fevereiro (2024) pela GLAAD (Gay & Lesbian Alliance Against Defamation), atualmente 17% dos gamers – quase um em cada cinco – se identificam como LGBTQIAPN+, um aumento de 70% em relação a 2020.

Conforme a sociedade investe em combater o preconceito, mais pessoas se sentem confortáveis ao se identificar como membros dessa comunidade e, naturalmente, isso se reflete também no cenário gamer.

No entanto, por ainda estarmos tratando de um universo, ainda hoje, dominado por homens cis-hétero, é importantíssimo que as organizações oficiais realizem ações que não sejam apenas afirmativas, mas também inspiradoras.

Isso porque as pautas LGBTQIAPN+ costumam ser mais evidentes apenas em junho, quando é celebrado o Mês do Orgulho. Contudo, algumas organizações fazem questão de atuar em múltiplas frentes para fazer disso uma prática normalizada o ano todo.

Ações autênticas, profundas e duradouras

A Riot Games é um exemplo importante de como trabalhar a inclusão e visibilização dessa comunidade, sem que isso pareça algo forçado, ou apenas para gerar receita. Engajada em todas as camadas, a desenvolvedora introduz com frequência personagens com identidades de gênero e sexualidade diversas de forma natural entre os campeões de League of Legends (Rell, Neeko, Varus), e agentes de Valorant (Killjoy, Raze e Clove).

Sem recorrer ao queer bait, a Riot não se acanha e deixa claro no canon de LoL a identidade de personagens queridos como Graves e Twisted Fate, em histórias curtas, trailers e vídeos cinemáticos. O simples fato de isso ser tão bem recebido pelos gamers de maneira geral já influencia cada vez mais estúdios a adotarem a mesma abordagem, de forma igualmente naturalizada.

No cenário dos eSports, em 2022 a empresa promoveu o Desafio Pride de Valorant, em parceria com a Central K-Games e Final Level. O torneio exclusivo para a comunidade LGBTQIAPN+ foi aberto a desafiantes profissionais e amadores, com premiação total de aproximadamente R$ 15 mil, e as semifinais e final tiveram direito a transmissão oficial.

Do lado das equipes profissionais, a Loud também é bastante transparente na sua luta pela inclusão, com um time de peso composto apenas por mulheres cis e trans e pessoas não binárias.

Segundo o CEO da Loud, Bruno Bittencourt (Playhard), a formação do time inclusivo segue os mesmos padrões de competitividade de outras equipes da organização, e disputa torneios oficiais, como o Game Changers, de Valorant.

Iniciativas desse tipo vão muito além de ações pontuais e superficiais, e geram parcerias construídas com base na autenticidade e representatividade genuínas. Elas fogem dos estereótipos e constroem relações de longo prazo, baseadas no respeito mútuo e na valorização da diversidade.

Representatividade gera representatividade

Um ponto ainda mais importante é que toda essa representatividade cria espaços seguros para que mais pessoas LGBTQIAPN+ se entrem no universo dos games, entendo que esse espaço também é seu. Em paralelo, gamers da comunidade que nunca tiveram coragem de assumir suas identidades abertamente também se sentem confortáveis o suficiente para, finalmente, se aceitarem sem medo.

Essa simbiose conecta as marcas a um público mais amplo, diverso, e muito mais engajado, justamente por conseguir se identificar ali. Em paralelo, demonstrar esse compromisso sempre, e não apenas no Mês do Orgulho, ainda melhora a imagem das empresas, especialmente entre as gerações mais novas, estabelecendo um forte senso de responsabilidade social.

Ao aumentar a visibilidade e o engajamento, mais influenciadores e personalidades LGBTQIAPN+ se sentem confortáveis em se associar a essas marcas.

Como consequência, os membros da comunidade se sentem representados, em um movimento que contribui diretamente para o aumento da autoestima.

Isso também faz com que mais pessoas tenham interesse e se sintam validadas para trabalhar nessas empresas, colaborando ativamente para criar ainda mais conteúdos e ações inclusivas, sob a óptica de quem vive essa realidade diariamente.

O resultado geral é que, não apenas o universo gamer e as marcas saem fortalecidos, mas a própria sociedade evolui no processo, em um ciclo de inclusão e visibilidade autossustentável.

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