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eSports Modo Carreira: uma conversa com Askia, da Hero Base

Estevão ‘Askia’ Ferreira, iniciador de Valorant da HB, conta como começou e seus planos para o futuro
askia, hero base
Foto: Reprodução, Instagram

Quando se pensa em um profissional de 22 anos, é natural imaginar alguém no início de carreira, ainda aprendendo uma profissão ou até mesmo decidindo quais caminhos trilhar. No entanto, quando se trata de esportes eletrônicos, a percepção de tempo e a visão sobre a carreira são diferentes. 

É o que mostra Estevão “Askia” Ferreira, iniciador do time de Valorant da Hero Base. “Eu comecei tarde no Valorant, com 19 para 20 anos. Acredito que seja possível passar dos 30 jogando”, disse o já bicampeão de Valorant, que se mostra dedicado ao futuro no e-sport.

O início

Os games já estavam presentes na vida de Askia desde a infância, graças à influência dos próprios pais que gostavam de jogar por hobby. Mas o espírito competitivo o levou ao caminho de profissional.

Embora a família tivesse contato com os games, o mundo competitivo era uma novidade. “Eles não tinham muita noção de como funcionava, então foram relutantes, mas no final me apoiaram em tudo e ficaram contentes com minha escolha”, contou Ferreira.

Aos 15 anos, já era pro-player de Rocket League, mas acabou não seguindo no game. “O jogo tinha acabado de ser lançado, então o cenário era bem amador, não tinha estrutura, não tinha investimento, então não tinha como eu trazer renda disso”, disse Askia.

Antes do Valorant, Estevão “Askia” Ferreira estudava para seguir outra carreira. “Eu estava pronto para ingressar numa ‘vida normal’, fora dos jogos. Eu queria fazer biomedicina e estava concluindo o curso de programação, mas tranquei no final”, conta. “Inclusive, passei meses sem fazer o curso por conta do Valorant. Eu estava me dedicando [ao e-sport]”. 

Askia revela que não contou aos pais que havia parado o curso de programação por causa do jogo. “Minha família ficou um pouco brava com essa minha omissão, mas eu mostrei que estava decidido sobre o que queria fazer”, completou.

O hoje

“Me vejo como uma pessoa muito dedicada e, pelo pouco tempo que tenho como jogador profissional, diria que sou uma pessoa vitoriosa. Consegui grandes feitos em pouco tempo.” 

Aos 22 anos e em apenas 3 anos como jogador de Valorant, Askia conquistou dois campeonatos brasileiros: o 2° split do VCB de 2023, pela The Union, e o 1° split de 2024 pela Hero Base, sua atual equipe. “Nunca fui da área do FPS. Valorant é o primeiro FPS que jogo de verdade, então foi uma surpresa muito grande”, conta.

Sobre ter um plano B caso não continue na carreira de pro-player, Askia diz: “Eu não tenho uma segunda opção, não fiz faculdade, mas me dedico muito ao meu trabalho, então tenho total certeza de que vai dar certo”.

Seu maior objetivo pessoal agora é alcançar estabilidade financeira e poder retribuir o apoio de sua família. Profissionalmente, ele deseja marcar seu nome na história do Valorant, representar o Brasil e ser campeão mundial. 

“É muito rápida essa vida de jogador. Eu gostaria de deixar minha marca, um legado, para as pessoas lembrarem de mim no futuro. Acredito piamente em mim, que serei campeão mundial e vou poder realizar meus sonhos”, completa.

O futuro

Embora tenha apenas 22 anos e muito a conquistar como jogador, Estevão “Askia” Ferreira já planeja seus próximos passos após sua fase como pro-player, pensando não somente como jogador, mas como investidor. 

“Gostaria de continuar nesse mundo [do e-sports], talvez ser coach ou streamer, que é uma área que eu gosto, poder investir nos jogos, como outros nomes do nosso cenário já fizeram, como o Gaules”, disse.

Valorant foi um jogo que conquistou Askia. Mesmo após encerrar suas atividades como jogador, ele pretende investir no cenário e trazer mais reconhecimento. No entanto, ele reconhece a volatilidade do mercado e também se prepara para isso.

“Jogos são uma coisa passageira, de época, então os investimentos dependerão do feeling do momento em que vou estar”, diz Askia. “Talvez eu possa investir em algum outro jogo do momento, algum outro que me sinta confortável e alegre de ver”, completa.

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